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Uma das coisas que eu não faço

  • Foto do escritor: Filipa Serras
    Filipa Serras
  • 25 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de out. de 2024




Ver televisão. (E não, desenhos animados não contam!)


Há alguns anos, decidi trocar o hábito de ver televisão pelo prazer da leitura, com o objetivo de voltar a incluir os livros na minha rotina e aumentar o número de livros lidos por ano. E que diferença isso fez na minha vida! Depois de ter sido mãe aminha rotina mudou completamente, e foi preciso reajustar-me a essa nova realidade. Nesse processo, acabei por deixar a leitura de lado por uns tempos, mas finalmente re-emplementei esse hábito que tanto me enriquece.


Essa mudança surgiu após uma análise cuidadosa sobre a forma como euutilizava o meu tempo. Ao refletir sobre as atividades que realmente me traziam prazer, em contraste com as obrigações do dia a dia, percebi que dedicava cerca de 3 horas diárias à televisão. Três horas! E o mais surpreendente é que nem me considero alguém que assiste muita TV. Segundo o Media & Advertising Global Report da Marktest (2023), a média diária de consumo de TV em Portugal é de 5 horas e 23 minutos. A minha única reação foi: que desperdício de tempo!


Sei que depende de cada um, mas para mim, essas horas em frente à televisão são uma perda de tempo valioso, especialmente considerando o pouco tempo livre que temos quando comparado com as responsabilidades diárias. Quando somamos o tempo das refeições—pequeno-almoço, almoço e jantar—chegamos a um número considerável de horas "perdidas". Sempre que estou sozinha, a TV permanece desligada. Já quando estou com as minhas filhas, ligamos a televisão apenas para assistir aos nossos desenhos animados preferidos: Bluey! Se ainda não conheces, recomendo—são desenhos animados feitos para crianças, mas que tocam os adultos também.


Por que considero um desperdício de tempo?


Porque não estou a ser produtiva. Não estou a investir o meu tempo em algo que me traga um benefício real. Pelo contrário, ver televisão acaba por retirar benefícios—especialmente no que diz respeito à saúde mental. Alimentar a mente é responsabilidade de cada um de nós, e aquilo que consumimos tem um impacto direto nisso. Para mim, ver televisão não está alinhado com os meus valores, nem com o meu propósito de vida.


A televisão tornou-se um refúgio para muitos, uma maneira de escapar das realidades difíceis e evitar enfrentar medos, rejeições e desconfortos. Tu conheces alguém assim? Pessoas que se escondem na TV? Se observares, verás que essas pessoas muitas vezes reclamam da vida, em vez de apreciá-la. Não procuram ser melhores a cada dia, mas esperam que outros façam as coisas por elas. Arriscam-se pouco, preferindo ficar na zona de conforto. Se tu conheces alguém assim, tenho um conselho que lhe podes dar: Se tu não te importares contigo mesmo, ninguém mais se vai importar.


Sim, essa frase pode ser difícil de ouvir, mas é a pura verdade. Ninguém quer carregar o fardo da responsabilidade pela própria vida, mas todos querem o "bônus" que algumas pessoas parecem ter. No entanto, o que poucos percebem é que, ao invés de passarem horas à frente da televisão a ver conteúdo que nada acrescenta ao seu crescimento pessoal, essas pessoas estão ocupadas a trabalhar para construir o que muitos chamam de "sorte".


Como costumo dizer: a sorte dá muito trabalho.


A pergunta que fica é: tu estás disposto(a) a fazer esse trabalho?

 

 

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